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Fundada em 2022 como spin-off da Vianet, a Loomy desenvolve infraestrutura própria de fibra ótica para transformar condomínios residenciais em ambientes inteligentes, com uso de IoT, IA e mais de 30 aplicações, como controle de acesso e medição individualizada de água, gás e energia.
Hoje, atende 150 condomínios em 12 estados, sendo cerca de 70 já em operação, com contratos de cinco anos, previsão de faturamento de R$ 20 milhões em 2025 e receita contratada de R$ 72 milhões.
A maior parte dos recursos captados será destinada à execução dos contratos atuais, enquanto parte irá para P&D, incluindo novos produtos como um robô de entrega para condomínios. A Loomy também cogita expansão para segmentos como shopping centers e hotelaria.
* Resumo gerado por inteligência artificial e revisado pelos jornalistas do NeoFeed
Startup de tecnologias para condomínios residenciais, a Loomy nasceu em 2022, fruto de um spin-off da Vianet, operadora de internet comprada meses antes pela Azza. Capitalizado com a transação, Marcelo Szeer, seu fundador, foi basicamente quem bancou, desde então, o desenvolvimento da operação.
Agora, depois de avançar nesse terreno com suas próprias pernas, a empresa está ganhando um novo fôlego ao anunciar uma captação de R$ 50 milhões – parte em dívida e parte em equity – junto à EXT Capital, gestora criada por Gabriel Sidi, um dos fundadores da Domo Invest.
“Estávamos travando o nosso ritmo de crescimento por conta da capacidade que tínhamos para investir. Agora, com esses recursos, o céu nem é mais o limite”, diz Szeer, sócio-fundador da startup, ao NeoFeed.
Com cerca de R$ 850 milhões já investidos em nomes como a Turbi, plataforma B2C de locação de veículos, a Vammo, de aluguel de motos elétricas, e a CondoConta, fintech voltada justamente a condomínios, a EXT Capital reforça esse discurso. “A Loomy estava recusando demanda”, diz Vasco Henriques de Almeida, sócio da EXT Capital.
De acordo com ele, a Loomy tem margem bruta elevada, capex associado ao crescimento e um risco de performance muito baixo. “E esse é um segmento que movimenta cerca de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões em taxas condominiais por ano. E que ainda tem muito espaço para crescer”, afirma Almeida.
Para abocanhar sua cota nesse mercado bilionário, a Loomy investe em um modelo que tem como base a instalação de uma infraestrutura de fibra ótica própria com alcance de mais de 40 quilômetros em cada empreendimento que atende, com a tese de transformá-los em condomínios inteligentes.
Essa infraestrutura é o ponto de partida para uma série de tecnologias que vão da internet das coisas até a inteligência artificial. Com mais de 30 aplicações, a oferta inclui, por exemplo, internet com alta velocidade e disponibilidade, e controle de acesso em qualquer ponto do condomínio.
Apoiados por softwares, os pacotes são customizados de acordo com a demanda de cada projeto. E incluem equipamentos como sensores para a medição individualizada de água, gás e energia, além de câmeras com IA que alertam, por exemplo, se uma criança está desacompanhada na piscina.
Ao mesmo tempo, os moradores conseguem liberar remotamente o acesso de um visitante à sua unidade – e definir o período de permanência dessas pessoas no local -, por meio de um aplicativo e de recursos de reconhecimento facial.
Essa oferta é voltada tanto a condomínios em construção quanto aos em operação. No primeiro caso, para escalar a operação, a Loomy tem parcerias com construtoras e incorporadoras como MRV, Plano&Plano, Luggo e Tenda. Os projetos partem de empreendimentos com, no mínimo, 100 a 120 unidades.
“A Loomy viabiliza uma série de features que, sozinhas, são só features”, diz Gabriel Sidi, sócio da EXT Capital. “Mas que, em conjunto, se tornam um diferencial enorme e que entregam mais qualidade e inteligência para os condomínios. E com mais flexibilidade e menos custo.”
Hoje, a startup tem contrato com cerca de 150 condomínios em mais de 30 cidades de 12 estados do País. Desse total, aproximadamente 70 estão em operação e, os demais, em implantação.
A companhia tem contratos, em média, de cinco anos, e prevê fechar 2025 com um faturamento de R$ 20 milhões, além de uma receita contratada – baseada na carteira que já tem dentro de casa – de R$ 72 milhões. Para 2026, a projeção é chegar a uma receita bruta de R$ 90 milhões.
Nesse percurso, mais de 90% dos recursos captados serão reservados para a implantação dos contratos já assinados. Uma parcela restante terá como destino a área de P&D e de desenvolvimento de produtos – entre eles, um carrinho para a entrega de alimentos e remédios nos condomínios.
“Estamos destravando a velocidade de crescimento que, antes, estava limitada pela nossa capacidade econômica”, afirma Szeer. Ao mesmo tempo, ele ressalta alguns dos planos da companhia, no médio prazo.
“Temos interesse em outros segmentos, como shopping centers, hotelaria e prédios corporativos”, diz. “Temos tecnologia para pisar nesses outros setores, mas ainda temos muito chão pela frente nos condomínios residenciais. Se mordermos uma fatia desse mercado, já será um número expressivo.”









