Justiça

Polícia desmente morte de “Japinha do CV” em megaoperação no Rio


A notícia de que Penélope, conhecida como “Japinha do Comando Vermelho (CV)”, havia morrido durante a megaoperação policial no Rio de Janeiro, no fim de outubro, se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Imagens fortes mostravam o corpo de uma pessoa com o rosto desfigurado, vestida com roupas camufladas e colete à prova de balas, e foram compartilhadas como sendo da jovem. Agora, a Polícia Civil esclareceu que a informação era falsa.

Segundo o comunicado divulgado nesta terça-feira (4), nenhuma mulher foi encontrada entre os mais de 100 mortos na operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha no último dia 28. O corpo que circulou nas redes sociais, de acordo com a corporação, pertencia a um homem de 22 anos, identificado como Ricardo Aquino dos Santos, natural da Bahia, que tinha dois mandados de prisão ativos e histórico criminal em seu estado de origem.

“A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia”, informou a Polícia Civil em nota .
Até então, fontes ligadas à investigação haviam afirmado que Penélope estava entre os mortos, supostamente após trocar tiros com policiais. A corporação, no entanto, nunca confirmou oficialmente essa informação, que agora foi desmentida pela nota oficial.

Quem é Penélope, a “Japinha do CV”

Penélope é considerada uma das integrantes de confiança do Comando Vermelho, responsável por proteger rotas de fuga e defender pontos estratégicos de venda de drogas em comunidades do Rio. Ela ficou conhecida nas redes sociais ao publicar fotos armada, usando roupas camufladas e coletes táticos, o que lhe rendeu o apelido de “musa do crime” entre simpatizantes e curiosos.

O Comando Vermelho (CV) é uma das facções criminosas mais antigas e influentes do país, surgida nos anos 1970 dentro do Instituto Penal Cândido Mendes, em Ilha Grande (RJ), onde presos comuns e políticos dividiram as mesmas celas durante a ditadura militar.

Megaoperação no Rio de Janeiro

A operação do dia 28 de outubro, considerada a mais letal da história do estado, deixou 121 mortos, segundo o governo do Rio. Entre as vítimas estão quatro policiais e 117 suspeitos. A Defensoria Pública do estado, contudo, afirma que o número real de mortos pode chegar a 132, já que moradores relataram ter encontrado dezenas de corpos em áreas de mata próximas ao Complexo da Penha.

A ação teve como objetivo combater a expansão territorial do Comando Vermelho nas zonas norte e leste da capital.

Após a repercussão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a polícia “não recebeu uma ordem de matança”, mas sim uma autorização judicial para cumprir mandados de prisão. Ele defendeu a necessidade de apurar eventuais excessos cometidos durante a operação.

Penélope, conhecida como “Japinha” e figura ativa do Comando Vermelho, morreu com um tiro de fuzil no rosto durante confronto nos complexos do Alemão e da Penha. Usando colete tático e fardamento camuflado, ela reagiu à polícia e acabou abatida na linha de frente da facção

Notícias ao Minuto | 07:55 – 30/10/2025

 



Fonte: Notícias ao Minuto

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