A morte da consagrada atriz, indicada três vezes ao Oscar, voltou a chamar atenção para uma doença rara e sem cura que afeta os pulmões: a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), diagnóstico que Ladd recebeu em 2018.
Embora a causa oficial da morte não tenha sido divulgada, a imprensa internacional informou que a artista enfrentava complicações da FPI nos últimos anos, condição que se agrava progressivamente e causa sérias dificuldades respiratórias.
O que é a Fibrose Pulmonar Idiopática?
A Fibrose Pulmonar Idiopática é uma doença crônica e rara que provoca o endurecimento e a cicatrização do tecido pulmonar, comprometendo a capacidade de respirar.
De acordo com especialistas, a doença afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos, sendo mais comum entre os 60 e 70. O pneumologista António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), explica que o quadro leva à “incapacidade de esforço físico, limitação da autonomia, insuficiência respiratória nas fases avançadas e, em muitos casos, à morte”.
O médico ressalta que o diagnóstico precoce é essencial. “Quando a perda da função respiratória ainda é mínima, é possível iniciar o tratamento adequado e retardar a progressão da doença, garantindo uma melhor qualidade de vida.”
Segundo a SPP, os sintomas da FPI muitas vezes são confundidos com os de outras doenças respiratórias, o que dificulta o diagnóstico correto.
A presidente da Associação Respira, Isabel Saraiva, reforça a importância da atenção aos sinais iniciais. “Detectar a FPI cedo pode fazer toda a diferença entre viver alguns anos com qualidade ou poucos anos sem qualidade de vida”, afirma.
Sintomas mais comuns
Falta de ar, principalmente durante esforços físicos
Tosse seca persistente
Cansaço e fraqueza sem causa aparente
Perda de apetite e de peso
Causas ainda desconhecidas
As causas da Fibrose Pulmonar Idiopática permanecem incertas. Segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, fatores genéticos, envelhecimento e agressões externas ao tecido pulmonar — como exposição a poluentes — podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Mesmo sem cura, o tratamento adequado pode retardar a evolução e proporcionar uma vida mais confortável aos pacientes.









