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Na Wiz, desalavancagem abre espaço para que tipo de crescimento?


A Wiz Co. encerrou o primeiro semestre de 2025 com números que reforçam os esforços da gestão para reduzir a alavancagem. A corretora de seguros reduziu sua dívida líquida em 35% no primeiro semestre, chegando a R$ 331,1 milhões.

A alavancagem caiu de mais de duas vezes o Ebitda no início de 2023 para menos de uma vez atualmente. Mesmo com esse fôlego financeiro, a Wiz é cautelosa com a possibilidade de aquisições – a empresa havia feito 19 M&As e mais de 20 acordos comerciais e operacionais.

“Com a taxa Selic de 15%, não é qualquer negócio que a gente consegue fazer. Vai ter que ser um cavalo selado para termos coragem de fazer esse tipo de aposta”, diz Marcus Vinícius de Oliveira, CEO da Wiz Co., no Números Falam.

A companhia não descarta movimentos inorgânicos, mas mantém o foco em eficiência operacional e geração de caixa. “Temos espaço para crescimento interessante, seja inorgânico, em investimentos ou em vantagens para acionistas”, complementa o executivo no programa do NeoFeed.

Dentro desse contexto, a Wiz vai procurar, cada vez mais, focar nas áreas de seguros, crédito e consórcio. Por esse motivo, no domingo 2 de novembro, a companhia anunciou uma negociação com a Integra, o veículo de investimentos da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) dona de quase 53% das ações da corretora de seguros.

A Wiz Concept, uma vertical de soluções de teleatendimento, foi vendida por cerca de R$ 14 milhões para a Integra. Ao mesmo tempo, a corretora de seguros pagou R$ 40 milhões na Promo Serviços, que pertencia à sua controladora.

A ideia é incorporar a Promo Serviços na Promotiva, o negócio da Wiz criado para fazer a gestão da rede de correspondentes bancários do Banco do Brasil.

O turnaround da Wiz começou no início de 2023, quando a liderança se reuniu para revisar o planejamento estratégico. As ações incluíram simplificação da comunicação com o mercado, fusão de áreas com atividades sobrepostas e desenvolvimento da plataforma tecnológica “Wiz Pro”. A plataforma conta com quatro pilares: operações, vendas, gestão e engajamento.

A Wiz opera atualmente com dez unidades de negócio, incluindo joint ventures com cinco instituições financeiras: Banco Inter, BMG, BRB, Banco do Paraná e Omni.

Recentemente, anunciou parceria com o Banrisul para atuar em cobrança no Rio Grande do Sul, uma operação greenfield que representa receita recorrente sem necessariamente passar por fusões ou aquisições.

Nos primeiros seis meses de 2025, a Wiz alcançou quase R$ 2 bilhões em prêmios emitidos no período, um recorde para a empresa.

Na B3, a ação WIZC3 sobe 49,1% neste ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 1,3 bilhão.



Fonte: NeoFeed

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